quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O retorno

Tudo que preciso é de uma frase.

Seja pra te calar.

Pra te fazer ouvir.

Pra ouvir a revolta.

Talvez a confirmação da minha própria derrota.

Enquanto insistem que o mundo é mundo pelas relações políticas,

Eu continuo viajando nessas ações humanitárias,

Essas representações igualitárias,

Que não me levam a lugar algum.

Mas…

E quem disse que eu quero ir?

Meu interesse é outro.

O de não voltar a essa ideia de que o mundo é mundo pelas relações políticas.

Sabe o valor quem já conseguiu fugir das escolas que fazem das cabeças, cocô.

Quem viveu um dia de amor intenso sem grandes brilhos,

Quem teve a vida sobre os trilhos,

No instante do trem passar.

Quem piscou e se viu sem vida,

Quem viveu e nem piscou,

De quem a vida parou

Tudo por causa do cara que não arriscou.

Chega desses versos que não tratam dessas tais relações políticas.